O PSD voltou hoje, segunda-feira, a defender a intervenção do Estado no BPP, considerando que o pedido de substituição do presidente do conselho de administração da instituição é "sintomático" da situação que aí se vive.
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"Devia haver qualquer intervenção do próprio Estado na instituição", afirmou o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Hugo Velosa, numa reacção ao pedido de substituição apresentado sexta-feira ao Banco de Portugal pelo presidente do conselho de administração do BPP.
Contactado pela Lusa, Hugo Velosa defendeu que "não deixa de ser sintomático" que a nomeação feita pelo próprio Banco de Portugal de Fernando Adão da Fonseca "não tenha resolvido os problemas do banco".
Por outro lado, acrescentou, se a actual administração "apesar dos esforços não conseguiu resolver os problemas ou viu negado qualquer apoio às soluções apresentadas", a responsabilidade "recai agora sobre o próprio Banco de Portugal".
Segundo fontes dos clientes do BPP, Adão da Fonseca apresentou o pedido na sexta-feira ao Banco de Portugal, estando agora à espera de ser substituído.
Ainda de acordo com as mesmas fontes, Adão da Fonseca pediu para ser substituído "uma vez que já apresentou diversos planos de viabilidade para o banco e para resolver os problemas dos clientes e nenhum foi aceite".
A 01 Dezembro de 2008 o Banco de Portugal nomeou para o BPP uma administração provisória, liderada por Fernando Adão da Fonseca, para acompanhar um plano de salvamento da instituição, que inclui um empréstimo negociado junto de seis outros bancos portugueses, no valor de 450 milhões de euros.