A queda do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2012 será de 0,1% comparando com os últimos três meses de 2011, quando a Comissão Europeia esperava de uma contração de 1%. Face ao mesmo período de 2011, a queda é de 2,2% , ainda assim, menos 1% do que o esperado por Bruxelas, que apontava para uma queda de 3,2%.
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A menor queda que o esperado da economia portuguesa deve-se a um contributo menos negativo da procura interna, que terá feito abrandar a queda que se tem verificado nas importações, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Esta evolução foi determinada pelo contributo menos negativo da procura interna", explica o INE na sua estimativa rápida publicada esta terça-feira, que dá conta de uma queda do PIB no primeiro trimestre do ano de 2,2% face ao primeiro trimestre de 2011, e de 0,1% face ao último trimestre do ano passado.
O INE explica ainda que, mesmo com uma ligeira aceleração das exportações de bens e serviços neste trimestre, "registou-se uma redução no contributo positivo da procura externa líquida, determinada pelo comportamento das importações de bens e serviços que apresentaram uma variação negativa significativamente menos acentuada que a observada no quarto trimestre de 2011".
A queda do PIB no primeiro trimestre do ano acaba por ser menor que o estimado na semana passada pela Comissão Europeia, nas suas previsões da primavera, porque a despesa interna dos portugueses estará a ser maior, algo que poderá estar a provocar também um aumento das importações.
Em termos homólogos, a Comissão Europeia aponta para que o segundo e o terceiro trimestre do ano sejam os mais negativos, onde a contração deve atingir os 3,3% do PIB e apontam para uma média anual de -3,3% para a evolução do produto em 2012.
Ainda assim, existe um efeito de base que minimiza os resultados apresentados neste trimestre.
O INE reviu a queda do PIB (em comparação homóloga) que se havia verificado no terceiro e quarto trimestre de 2011 em 0,1% em cada um dos trimestres, que passam assim a apresentar uma queda do produto de 2% e 2,9%, respetivamente.
Na comparação em cadeia (face ao trimestre anterior), apenas o segundo trimestre de 2011 sofreu uma revisão face ao último destaque, mas para melhor, apresentando uma melhoria de 0,1%.