A agência de notação financeira Fitch considera que uma eventual saída da Grécia da zona euro teria um impacto especialmente concentrado em Portugal, Espanha e Itália, podendo alastrar-se a outros países caso a saída viesse a ser desordenada.
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De acordo com uma análise da agência, um eventual abandono do país da moeda única poderá trazer problemas a muitas empresas por toda a Europa. A dimensão do impacto dependerá dessa saída ser feita de forma ordenada ou desordenada, ficando, no entanto, Portugal, Espanha e Itália sempre no centro dos problemas.
"O contágio de uma hipotética saída da Grécia da zona euro pode prejudicar empresas por toda a Europa, mas principalmente se a saída for desordenada. Uma saída desordenada teria um impacto muito alargado com o potencial para 'downgrades' em toda a Europa, mas de forma mais concentrada em Espanha, Portugal e Itália", diz a análise.
Caso a saída fosse operada de forma ordenada, o impacto seria mais limitado e "confinado à periferia", como Portugal, Espanha e Irlanda.
A agência de 'rating' lembra que nas análises recentes já considerava que a saída da Grécia da zona euro era o cenário mais provável e que essa decisão traria grandes dificuldades para as empresas gregas, incluindo empurrar muitas delas para o incumprimento.