A introdução de portagens nas três antigas SCUT do Norte rendeu à Estradas de Portugal, até final de Agosto, cerca de 72 milhões de euros, através de 70 milhões de passagens.
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Os números foram avançados esta tarde à agência Lusa por fonte da Estradas de Portugal (EP), quatro dias antes de se completar o primeiro ano de cobrança nas três concessões, Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata.
A receita de portagem liquidada, referente a transacções originadas entre 15 de Outubro de 2010 e final de Agosto de 2011, ascende a cerca de 72 milhões de euros, mas fonte da EP sublinha que, considerando as receitas de portagem com a Concessão Norte e Grande Lisboa, o valor de receitas arrecadadas neste período cifra-se em 160 milhões de euros.
A mesma fonte acrescenta que a evolução do tráfego nestas três concessões "regista, relativamente a 2010, uma quebra média que se encontra apenas 10% abaixo das expectativas", com 70 milhões de transacções efectuadas neste período.
Números justificados pela empresa com o estudo elaborado inicialmente em que as estimativas previstas "apontavam já para uma quebra de tráfego decorrente da introdução de portagens" na ordem dos 27%.
"Quando comparados os valores médios diários anuais e tendo em conta os efeitos de sazonalidade, como os relativos a eventos festivos, férias, entre outros, verifica-se actualmente, uma redução média, face ao ano de 2010, de aproximadamente 37%", acrescentou a fonte.
A EP justifica que, para estes números, contribuem ainda "as alterações introduzidas ao nível do custo de circulação".
"Mas pesam igualmente, e de forma bastante significativa, os efeitos generalizados da actual conjuntura económico-financeira na evolução dos volumes de tráfego a nível nacional, com maior incidência nas vias portajadas", sublinhou a fonte.
Até final de Agosto, e de acordo com os dados disponibilizados pelas concessionárias das três antigas SCUT à EP, foram emitidas 1,380 milhões de notificações por incumprimento na passagem sem o correspondente pagamento.