Os sindicatos dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias anunciaram, este sábado, que se mantém a greve de segunda-feira, após plenário conjunto de trabalhadores.
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"Nem um passo atrás!" foi a palavra de ordem entoada por dezenas de trabalhadores, após o plenário conjunto do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), na Junta de Freguesia de Aveiras de Cima.
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"A greve é para avançar, por tempo indeterminado", afirmou aos jornalistas o presidente do SIMM, Jorge Cordeiro. O SIMM já tinha anunciado que mantinha a greve, após um plenário realizado durante a manhã em Leiria, em que foi aprovado por unanimidade a manutenção do protesto.
Após o encontro desta tarde em Aveiras, que durou cerca de quatro horas, o presidente do SNMMP, Francisco São Bento, reiterou ao JN que, até às 23.59 horas de domingo estará sempre disponível para se sentar à mesa das negociações.
"Vai ser uma greve pacífica e não tenho dúvidas que a opinião pública está connosco", afirmou. "Vamos exercer o nosso direito com tudo o que nos comprometemos. A greve vai manter-se até a Antram [Associação Nacional de Transportes Públicos de Mercadorias] se sentar à mesa, aceitar o valor de salário base (atualmente de 620 euros e que os sindicatos exigem que seja de 900 euros até 2022) e desaparecer a cláusula 61 (flexibilidade de horário) para pagamento das horas extra", acrescentou.
Já o advogado Pedro Pardal Henriques, assessor jurídico do SNMMP, disse que "o país não está em suspenso devido à greve porque o Governo decretou serviços máximos", numa crítica ao decreto que fixou os serviços mínimos entre 50% e 100%.