O presidente da agência de notação financeira Standard and Poor's, Deven Sharma, quer que a independência do seu trabalho de avaliação da solvabilidade dos Estados esteja garantida, para que não fique sujeito às pressões políticas existentes.
Corpo do artigo
"Numa economia mundial em que avaliamos mais de 120 Estados soberanos, é particularmente importante que as metodologias de avaliação não sejam sujeitas à influência de um ou mais países que procurem tirar vantagem para a sua própria nota", afirmou o responsável, citado pela AFP.
Ao testemunhar na comissão de serviços financeiros da Câmara dos Representantes, Sharma pediu que a regulação das agências de notação financeira não imponha uma metodologia comum.
Para Deven Sharma, há "um risco de as notas se tornarem impossíveis de distinguir de uma agência para outra", o que "minaria a independência, a possibilidade de comparar e o interesse das avaliações para todos".
Por isso, entende que é indispensável que as agências de notação financeira escapem a qualquer pressão política para tomar as suas decisões, sem que sejam "depois reexaminadas, se o futuro não for aquele que foi antecipado" ou que, "publicando uma opinião potencialmente controversa, sejam alvo de represálias, em termos de regulação", defendeu.