TAP perdeu 105 mil passageiros em Maio face ao mesmo mês de 2008, uma tendência negativa que se mantém desde Janeiro.
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Dados da ANA - Aeroportos de Portugal, avançados pela Agência Lusa, indicam que no mês de Maio a TAP transportou 750.772 passageiros, menos 104.840 passageiros (-12,3 por cento) que no mesmo mês do ano passado.
No acumulado de Janeiro a Maio, indicam os mesmos dados, a companhia aérea nacional transportou 3,51 milhões de passageiros, menos 5,3 por cento que no mesmo período do ano passado.
No entanto, são números que permitem à TAP manter a liderança do mercado, com uma quota de 41 por cento.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da TAP deu números ligeiramente diferentes dos da ANA.
"A companhia transportou, na sua rede geral, um total de 3,18 milhões de passageiros", o que representa "uma quebra de 5,2 por cento face ao mesmo período do ano anterior".
Para a TAP, a culpa recai em geral sobre "a conjuntura económica negativa que se tem verificado" e em particular em algumas rotas. "As reduções de procura e oferta têm sido mais sensíveis nos sectores da Europa e Atlântico Norte, que são também aqueles onde a recessão tem sido mais forte", explicou a mesma fonte.
O porta-voz da Associação Portuguesa de Agências de Viagem, Paulo Brehm, também aponta sobretudo a crise económica como o principal factor para as quebras no tráfego de passageiros.
"Portugal está afectado em termos de "incoming", chegada de turistas, mas também de 'outgoing', porque também há uma quebra no número de portugueses que viajam para fora em férias e também em viagens de negócios", adiantou.
Por outro lado, em Abril e inícios de Maio as notícias do surto de Gripe A - e consequente cancelamento de voos para alguns destinos - afectaram o sector. Paulo Brehm considera, no entanto, difícil determinar em que medida a doença arrastou os números para baixo.
Analisando as 10 companhias aéreas com maior quota de mercado, as low-cost easyJet e Ryanair estão a crescer nos aeroportos nacionais, ocupando a segunda e terceira posições, respectivamente, da lista fornecida pela ANA.
A low-cost inglesa easyJet cresceu 8,8 por cento neste período. A companhia irlandesa Ryanair subiu 16 por cento nos cinco primeiros meses.