TGV: Mota-Engil vai contestar relatório que coloca espanhóis em primeiro lugar
O consórcio liderado pela Mota-Engil vai "contestar" o relatório preliminar do júri do concurso para o troço de alta velocidade Lisboa-Poceirão, que classificou em primeiro lugar o agrupamento da espanhola FCC.
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"Vamos contestar" o relatório do júri do concurso, disse à agência Lusa o presidente da Mota-Engil Engenharia, Arnaldo Figueiredo, escusando-se a avançar os argumentos que o consórcio vai utilizar.
"Estamos a preparar a contestação", disse, rementendo mais pormenores para uma informação que o consórcio vai divulgar hoje.
O relatório preliminar de avaliação de propostas da primeira fase do concurso para a construção e manutenção do troço de alta velocidade Lisboa-Poceirão, que inclui a Terceira Travessia do Tejo, classificou em primeiro lugar o consórcio Tave Tejo, liderado pela espanhola Fomento Construcciones e Contratas (FCC), e em segundo lugar o agrupamento Altavia, liderado pela Mota-Engil.
O documento foi enviado aos consórcios, que têm até hoje para analisarem o relatório preliminar e apresentarem as suas reclamações.
O consórcio Altavia já apontou algumas falhas à proposta da FCC, que garantiu, por sua vez, que a sua proposta respeita "integralmente o caderno de encargos" do concurso.
O consórcio Tave Tejo apresentou a proposta com um custo total, a preços de Janeiro de 2009, de 1,87 mil milhões de euros e um custo médio anual de manutenção de 10,738 milhões de euros.
Já o consórcio Altavia apresentou uma proposta com um custo total de 2,19 mil milhões de euros e custo médio de manutenção anual de 12,204 milhões de euros.
Apresentou-se também a concurso o consórcio ELOS, co-liderado pela Brisa e pela Soares da Costa, que foi classificado em terceiro lugar pelo júri do concurso.