Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto anunciaram uma greve para 7 de novembro, entre as 08.00 horas e as 16.00 horas, em protesto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2014. No dia 6, são os trabalhadores da REFER que fazem greve de 24 horas.
Corpo do artigo
"Os trabalhadores da STCP lutam contra o roubo dos seus direitos que o Governo quer impor através do Orçamento Geral do Estado e desrespeito pelos acordos de empresa em vigor na empresa", lê-se no comunicado emitido pelas organizações sindicais representativas, que se reuniram esta segunda-feira.
Agendada para o período entre as 08.00 horas e as 16.00 horas, a paralisação inclui um plenário de trabalhadores.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical Vítor Martins explicou que a iniciativa se insere na "jornada de luta" no setor dos transportes decidida na passada quarta-feira numa reunião conjunta em Lisboa entre a CGTP, UGT e sindicatos independentes.
No dia 25 de outubro há greve nos CTT e dia 31 de outubro no Metropolitano de Lisboa.
Na Rede Ferroviária Nacional (REFER) há paralisação de 24 horas dia 6 de novembro. No dia 7 param os trabalhadores da Carris (entre as 09.30 horas e as 15.30 horas) e na STCP (entre as 08.00 horas e as 16.00 horas).
Na Transtejo e na Soflusa há greve de três horas por turno, entre os dias 3 e 9 de novembro.
Os trabalhadores estão contra as medidas do Orçamento do Estado para 2014 que resultam em reduções salariais, concessão das empresas públicas de transporte a privados e redução das indemnizações compensatórias, entre outras.
Segundo o coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), José Manuel Oliveira, a proposta do OE para 2014 "vai ter implicações muito grandes ao nível dos rendimentos, do trabalho extraordinário, dos subsídios de refeições e ao pagamento do horário noturno".
Relativamente à diminuição das compensações indemnizatórias, o dirigente sindical disse não ter dúvidas que "vai colocar em causa a qualidade, a segurança, a fiabilidade do serviço prestado e vai ter implicações muito graves para os utentes porque irão pagar aquilo que o Estado deixará de pagar".