O presidente da União Europeia, Jean-Claude Juncker, nega que o Fundo Monetário Internacional tenha abandonado as negociações com a Grécia e salientou que deverá falar nos próximos dias com o chefe do Governo de Atenas.
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"Creio que não podemos interpretar a diligência do FMI como uma retirada das negociações", disse Juncker numa conferência de imprensa em Bruxelas, esta sexta-feira.
Um porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, esclareceu que o facto de o FMI ter abandonado os trabalhos técnicos com Atenas não significa uma saída do programa.
Juncker, por seu lado, salientou que deverá negociar com Alexis Tsipras nos próximos dias, com vista a chegar a uma solução para a Grécia.
"Devo falar com o primeiro-ministro grego várias vezes nos próximos dias e creio que creio que uma solução é necessária", referiu.
Por seu lado, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, considerou, esta sexta-feira, que um acordo com a Grécia sem o FMI é "inimaginável".
"O envolvimento do FMI é indispensável", salientou Dijsselbloem, que é também o ministro das Finanças holandês.
Após um fim de semana de tensão, a Grécia retomou terça-feira as negociações com os credores europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que no dia seguinte anunciou a sua retirada da equipa técnica das negpciações.
O porta-voz do FMI Gerry Rice afirmou que persistem divergências importantes entre a Grécia e os credores internacionais e que um acordo ainda está longe, acrescentando que as autoridades gregas estão a preparar novas propostas.
A Grécia enfrenta problemas de liquidez e vai ter de pagar perto de 1,6 mil milhões de euros ao FMI a 30 de junho.