O JN visitou quatro feiras no Norte e confirmou a diferença de preços geral relativamente às grandes superfícies. Mas nem só o dinheiro conta. Não falta quem assuma que escolhe este tipo de mercado tradicional pela frescura dos próprios vegetais e frutas. Há também cada vez mais jovens.
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“Olha o moranguinho! É mais barato comprar a caixa do que avulso”, apregoa uma vendedora no meio da azáfama da concorrida feira da Senhora da Hora, em Matosinhos, onde comerciantes e clientes falam a uma só voz: “aqui, os preços são mais baixos” do que nos supermercados e os produtos “mais frescos”. E são estas vantagens, aliadas ao constante aumento do custo de vida e dos bens alimentares, que têm levado mais gente às bancas. Sobretudo jovens, como observa a poveira Rosalina Dourado, atrás da banca de legumes. “Veem-se pessoas que nunca vinham à feira, como jovens e casais novos, o que não acontecia. Quando a guerra [na Ucrânia] começou, as pessoas passaram a vir mais à feira”, nota a feirante.
“Temos tudo mais barato; não é como nos supermercados, que metem uma coisa em promoção, para chamar as pessoas, e depois o resto é mais caro do que aqui”, afiança Rosalina, exemplificando: “veio cá uma senhora que contou que o feijão verde estava a 4,99 euros num hipermercado. Aqui, estamos a vender a 2,50 euros”.