Primeiro-ministro grego instou a União Europeia e os países da zona euro a contribuírem para "apagar o fogo" da crise financeira grega para que não alastre a "toda a economia europeia e mundial".
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George Papandreou reconheceu que o país assume as suas responsabilidades e que o governo faz o possível para solucionar o grave endividamento que enfrenta, mas advertiu que a intervenção internacional é imprescindível.
"O governo grego tem uma grande responsabilidade nacional e também perante a Europa e já a assumimos completamente", disse.
Mas, "também a Europa, a União Europeia, os países do eurogrupo devem todos actuar de forma a evitar que o fogo que aumentou devido à crise mundial se propague a toda a economia europeia e mundial", afirmou.
As palavras do primeiro ministro grego, proferidas no início de uma reunião do governo, surgem numa altura em que alguns países europeus, em particular a Alemanha, colocam condições para pôr em marcha o mecanismo de ajuda financeira da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Grécia.
George Papandreou insistiu nos esforços da Grécia para reduzir a despesa e anunciou que em breve terminarão as negociações com a Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu para fixar as condições do plano que permitirá ao país receber ajuda externa.
Segundo o ministro do Emprego, Andréas Loverdos, o governo grego recusou, no âmbito destas conversações, conjecturar os cortes salariais sugeridos. "O essencial das negociações diz respeito à política salarial, ao pagamento dos 13º e 14º meses, pediram-nos para suprimi-los, o que não aceitamos", disse o ministro em comunicado.
Num primeiro pacote de medidas de austeridade anunciado em Março, o governo grego já tinha suprimido alguns bónus e a quase totalidade do 14º mês de salário no sector público.
Os sindicatos já se pronunciaram contra a eventualidade de novas reduções salariais.