Festa da Taça cria momentos de emoção para jovens da Santa Casa
Acabou mais uma Taça de Portugal. Desta vez, o troféu foi erguido pelo Sporting Clube de Braga, que conquistou o 3º título da história. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e os Jogos Santa Casa voltaram a juntar-se à celebração para promover mais um dia de festa dentro e fora do campo.
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Em ano de pandemia e ainda sem adeptos no estádio, a instituição decidiu criar um miniestádio na Cidade de Futebol. O espaço recebeu jovens das instituições da SCML e da Associação de Futebol de Braga para recriar a "Festa da Taça". António Santinha, o diretor da Unidade de Apoio à Autonomização (UAA), conta que a tarde "foi bastante dinâmica" e repleta de atividades e passatempos. Com o aproximar da hora do jogo e apesar da existência e cumprimento de um conjunto de normas de segurança sanitária, António Santinha revela que "o ambiente era quase o ambiente de estádio" e que o encontro "foi vivido com grande emoção".
Em plena pandemia, a segurança foi uma das prioridades da entidade. António Santinha diz que as normas não são um problema para os jovens, e que a vontade de participar faz com se cumpram todas as regras de segurança.
Outra das iniciativas dos Jogos Santa Casa levou quatro jovens ao Estádio Cidade de Coimbra, onde decorreu a Taça de Portugal Placard. Por lá, tiveram a oportunidade de participar no encontro enquanto apanha-bolas, num momento que "foi muito impactante" para os jovens pela proximidade aos "craques" e a todos os acontecimentos do jogo.
O responsável pela UAA realça a importância de ações como as desenvolvidas na final da Taça de Portugal para estes jovens, que têm um percurso de vida "não linear", muitas vezes feito com "grande dificuldade e com grande afastamento da família". António Santinha explica que a promoção destas iniciativas permite equiparar os jovens aos seus pares, algo que tem "um impacto grande de igualdade".
A UAA faz parte da divisão de Infância e Juventude da Santa Casa e procura ajudar os jovens na última fase de transição para a vida adulta. António Santinha explica que os técnicos da unidade funcionam "como um adulto de estimação", ajudando os jovens adultos na procura e manutenção de emprego, dos estudos ou de casa. Destaca ainda a particularidade deste apoio técnico, que exige "uma relação muito direta" com os jovens.
A proximidade é mesmo a palavra de ordem. Os casos são seguidos e geridos de forma particular. O diretor da UAA dá como exemplo os jovens que vivem nos apartamentos de autonomia da unidade, onde gerem a habitação, o apoio financeiro e os próprios estudos. António Santinha explica que o sucesso de cada elemento apoiado pela unidade "serve como luz" e motivação para os outros acreditarem no seu próprio futuro.
Atualmente a UAA ajuda cerca de 200 jovens. Depois de um período de menor evolução motivado pela pandemia, António Santinha acredita que a unidade tem condições para continuar a crescer, estando neste momento a desenvolver projetos relacionados com emprego e experiências profissionais apoiadas