Empreitada corresponde a um investimento superior a 12 milhões de euros
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No início do próximo ano, as mães de Vila Nova de Gaia terão um novo e moderno espaço onde poderão dar à luz os seus bebés. Isto porque a fase C das obras previstas para o Centro Hospitalar Gaia/Espinho, que incluem os serviços da área materno-infantil, deverá estar concluída até ao final do ano. "A 1 de janeiro de 2022 teremos aqui (no novo centro materno-infantil) o primeiro bebé a nascer", acredita Rui Guimarães, presidente do Conselho de Administração.
A futura área materno-infantil integra a empreitada da fase C e corresponde a um investimento superior a 12 milhões de euros, para uma área de construção bruta de 7.773 metros quadrados. Em termos de áreas construtivas, o novo espaço contará com um serviço de urgência obstétrica e ginecológica, um bloco de partos com nove salas individuais, um bloco operatório contíguo a esta sala e uma unidade de neonatologia com cuidados intensivos neonatais, equipada com 14 boxes e dois quartos de isolamento com pressão negativa.
Terá também 16 incubadoras - das quais dez para cuidados intermédios e seis para intensivos -, internamento de ginecologia/obstetrícia, berçário com 34 quartos e internamento de pediatria e cirurgia pediátrica com 14 quartos.
Esta empreitada tem por objetivo centralizar todos os serviços dispersos do Centro Hospitalar, organizar a unidade de modo a possibilitar as condições assistenciais aos doentes e qualificar e dimensionar os serviços de acordo com o perfil assistencial da população da área de influência. Rui Guimarães assinala que a concentração dos serviços resultará num ganho na "eficiência" dos cuidados médicos.
"Temos pulgas, somos irrequietos", acrescenta, com ironia, para ilustrar a vontade de avançar com projetos, depois da visita guiada ao Serviço de Medicina Intensiva Polivalente de Cuidados Intensivos (UCI), que entrou em funcionamento a 4 de dezembro de 2020 e está instalado no mesmo edifício da futura maternidade, mas uns pisos abaixo, ao nível do solo. Esta infraestrutura tem um "incomensurável impacto", dado que a ginecologia responde a mais de 161 mil mulheres e a obstetrícia a mais de 75 mil em idade fértil, residentes na área de abrangência.
Já o serviço de cirurgia pediátrica serve cerca de 120 mil crianças e jovens, refere Rui Guimarães. Assim, até ao final deste ano, as instalações do materno-infantil que funcionam na unidade localizada no centro da cidade de Gaia, alugada à Misericórdia, serão transferidas para o Centro Hospitalar Gaia/Espinho, no Monte da Virgem.