Numa altura em que se fala e discute o aquecimento global, pareceu-nos indicado apontar aos nossos leitores saídas positivas para desagravar os seus efeitos. A nós, resta-nos procurar frescura em castas e vinhas que nos consigam proporcionar o equilíbrio de que precisamos. Aqui fica uma seleção possível para fruição
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A capacidade de adaptação é característica única do ser humano, superior até à dos reinos animal e vegetal. Isso tem-se refletido na procura de soluções por parte dos vinhateiros. Na Península de Setúbal, encontrámos num produtor clássico um branco produzido a partir de castas adequadas, que consegue oferecer equilíbrio e leveza acrescidos. O génio merece também atenção e vénia. No Douro demos com dois brancos absolutamente notáveis, da autoria de enólogos vanguardistas. Na região dos vinhos verdes, selecionámos dois vinhos de grande originalidade e que oferecem o conforto à mesa de que precisamos. A prioridade é sempre o sabor, os indicadores fisico-químicos estão logo a seguir. Do Alentejo, propomos-lhe dois vinhos da casta Viognier, ambos notáveis e amigos do lazer e da frescura. Passamos pelo Dão, rendidos a um vinho excecional que vai agora na terceira edição e continua a senda de excelência existente desde a primeira hora. Terminamos em jeito de homenagem com um branco maravilhoso da Quinta do Noval, a mesma que nos tem dado vinhos do Porto clássicos e muitas alegrias. Como sempre, muito por onde escolher. Boas e frescas provas!