
Quinta do Bonfim
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Portugal entrou para o ranking deste ano das melhores adegas do mundo, divulgado pela revista Forbes, com projetos da região dos Vinhos Verdes, do Douro e do Alentejo.
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A revista norte-americana Forbes acaba de divulgar o ranking "The World"s 50 Best Wineries 2025", elaborado em parceria com os especialistas da Virgin Wines, elegendo as 50 melhores adegas do mundo. A distinção reconhece os projetos que mais se destacam na produção de vinho e na hospitalidade, avaliando critérios como qualidade dos vinhos, inovação, sustentabilidade e capacidade de proporcionar experiências únicas aos visitantes.
Portugal está representado na lista com cinco projetos: Quinta da Aveleda (Vinhos Verdes), Fitapreta (Alentejo), Quinta do Bomfim (Douro), Torre de Palma (Alentejo) e Herdade do Sobroso (Alentejo).
A emblemática Quinta da Aveleda, em Penafiel, alcançou o 6º lugar. A propriedade, atualmente sob alçada da quinta geração da família Guedes, é o centro de operações de toda a empresa - que também se estende às regiões do Douro, Bairrada e Algarve -, e no centro dos seus 100 hectares de vinhas guarda um magnífico jardim ao estilo vitoriano, classificado como Jardim Histórico, que é por si só digno de visita. De passagem obrigatória é também a adega velha, onde envelhece a afamada aguardente da casa.
A Quinta do Bomfim, pertencente à Symington Family Estates, ocupa o 31.º lugar entre os 50 selecionados. Localizada no Pinhão, a poucos minutos a pé da estação de comboios, é a casa do Porto Dow"s, e ali os visitantes podem conhecer todo o processo de produção, além de fazer provas de vinhos do Porto e Douro DOC.
No rankink estão ainda três adegas alentejanas. A Fitapreta, em 26ª posição, é um projeto pioneiro liderado pelo enólogo António Maçanita, com forte aposta na recuperação de castas históricas e numa abordagem contemporânea ao Alentejo. Está instalada num antigo paço do século XIV às portas de Évora, e produz vinhos como o Branco de Talha, "o primeiro vinho branco envelhecido em ânforas de Portugal", refere a Forbes
Já a Torre de Palma Wine Hotel & Winery, no Alto Alentejo, aparece em 36º lugar. Combina um hotel de design, inspirado nas antigas casas senhoriais alentejanas, com uma adega boutique que valoriza a tradição e o terroir, oferecendo programas completos de enoturismo.
Localizada junto ao Alqueva, a Herdade do Sobroso, na 49ª posição, alia a produção de vinhos de autor a um wine hotel inserido em plena paisagem alentejana, com provas de vinhos, programas na natureza e uma forte ligação ao território.
O peso do Alentejo nesta seleção, "mostra a consistência do trabalho que tem sido feito pelos
produtores, quer na qualidade dos vinhos, quer na criação de experiências de
enoturismo que respeitam a paisagem, a cultura local e o ritmo próprio do Alentejo.", afirma José Manuel Santos, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA).
A distinção chega numa altura em que o Baixo Alentejo se prepara para assumir o título de Capital Europeia do Vinho 2026. No mesmo ano, o Alentejo foi escolhido pela Global Wine Tourism Organization (GWTO) para acolher o "GWTO Global Summit 2026", a principal cimeira mundial dedicada ao enoturismo.
