A Polícia Judiciária francesa abriu uma investigação sobre a origem dos rumores acerca da infidelidade mútua do presidente Nicolas Sarkozy e da primeira-dama Carla Bruni.
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De acordo com meios de comunicação locais, a investigação decorreu da denúncia apresentada pelo grupo Hachette-Filipacchi, editor do Journal de Dimanche, e que é proprietário do blogue em que surgiram as primeiras referências à infidelidade mútua do casal, "por introdução fraudulenta de dados no sistema informático".
A denúncia é mais um passo num caso que já custou o emprego ao proprietário do blogue e ao director de operações da Newsweb, empresa que comercializava aquele espaço na Internet.
Os factos remontam à noite de 09 de Março, quando um internauta anónimo, identificado como "Miklo7", publicou um comentário sobre os rumores que há semanas davam conta da existência de uma crise entre o casal presidencial, e que foi "retomado pela imprensa internacional", reportou hoje, sábado, a emissora da rádio France Info.
No blogue fazia-se referência à alegada infidelidade do casal presidencial, seguindo um boato que atribuía a Sarkozy uma relação com a secretária de Estado da Ecologia, Chantal Jouanno, enquanto a Carla Bruni era apontada uma ligação com o músico Benjamin Biolay.
Todas as partes implicadas negaram ou desprezaram os rumores e, segundo a France Info, fontes próximas de Sarkozy acreditam que houve uma eventual "manipulação", enquanto a revista Nouvel Observateus, que revelou a notícia da denúncia, vai ainda mais longe.
Na sua edição eletrónica, o Nouvel Observateur salienta que o despedimento dos eventuais responsáveis pelo sucedido não aplacou a fúria do presidente francês e da mulher, e que Sarkozy está convencido de que "a publicação do comentário não é mais que uma tentativa de desestabilização", razão pela qual "insistiu fortemente" com o Journal de Dimanche para que este órgão apresentasse a queixa.