Cientistas estão mais perto de acabar com os vómitos e náuseas durante a gravidez
Um estudo da Universidade de Cambridge, em Inglaterra, aponta a exposição prévia das mulheres à hormona GDF15 para atenuar ou mesmo impedir a hiperémese, vómitos abundantes e prolongados, particularmente sentidos no início da gravidez.
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A hiperémese, que afeta uma em cada 100 gravidezes, pode ser um risco para a vida do bebé e leva ao internamento em alguns casos das mães. Há relatos de grávidas que chegam a sentir esse mau-estar mais de 50 vezes por dia.
A nova descoberta, publicada na revista científica "Nature", e que contou com cientistas da Universidade de Cambridge e ainda da Escócia, EUA e do Sri Lanka, aponta que o grau de doença se relaciona com a quantidade de hormonas produzidas pelo útero durante a gravidez, e a exposição prévia à mesma, cita a BBC.
A equipa estudou um grupo de grávidas da maternidade de Cambridge e descobriu que as que tinham uma variante genética para desenvolver a hiperémese tinham um menor nível da hormona GDF15, enquanto as que sofriam da desordem de talessemia (uma tipo de anemia), que gera elevados níveis da hormona, antes da gravidez, eram as que sentiam menos a hiperémese.
Os especilaistas defendem a ideia que impedir o acesso da homona "ao seu recetor, no cérebro da mãe", vai permitir "tratar a doença de uma forma eficaz e segura", afirmou o diretor do conselho de investigação médica da Universidade de Cambridge, Stephen O'Rahilly.