Satélite britânico identifica variações de calor na Terra com precisão de metros
Um novo satélite britânico recolhe imagens das variações térmicas à superfície do planeta. Informação pode ser útil para determinar "ilhas de calor" e identificar problemas de isolamento nos edifícios.
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A empresa britânica SatVu revelou as primeiras imagens térmicas recolhidas pelo HotSat-1, o satélite comercial de maior resolução em órbita, equipado com um sensor térmico com capacidade para detetar pontos quentes e frios na Terra, com uma aproximação de até 3,5 metros.
Lançado em junho, numa missão da SpaceX, HotSat-1 tem uma câmara de infravermelhos de onda média para recolher mapas de calor que podem vir a ter uma grande variedade de aplicações, especialmente em questões relacionadas com o clima. As imagens recolhidas ajudarão a perceber os perfis de temperatura de prédios de habitação, escritórios ou fábricas. Com esta informação, será possível identificar estruturas que desperdiçam energia.
"A possibilidade de usar estes dados para identificar edifícios com problemas de isolamento e priorizar a implementação de soluções é realmente muito, muito importante", comentou Emily Shuckburgh, diretora da Cambridge Zero, a iniciativa climática da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, em declarações ao site da emissora britânica BBC.
Os mapas elaborados pelo HotSat-1 vão mostrar, também, as "ilhas de calor", como por exemplo parques automóveis descobertos e os locais mais quentes das cidades, que precisarão de ser arrefecidos, por exemplo com uma linha de árvores. Os dados recolhidos podem ser úteis ainda às seguradores ou ao setor militar, ao revelar as variações de temperatura num determinado local ao longo do tempo.