Ventoinhas, t-shirts e bonés. Levam sacos cheios de brindes para oferecer a toda a família
Girar uma roleta, pedalar, atirar ao alvo ou até cantar para o público. Vale tudo para encher o saco com dezenas de pequenas lembranças das marcas que apoiam a Volta a Portugal, numa "febre" por brindes que se repete, ano após ano, na feira de animação montada nas cidades que recebem os finais das etapas da corrida.
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Girar uma roleta, pedalar, atirar ao alvo ou até cantar para o público. Vale tudo para encher o saco com dezenas de pequenas lembranças das marcas que apoiam a Volta a Portugal, numa "febre" por brindes que se repete, ano após ano, na feira de animação montada nas cidades que recebem os finais das etapas da corrida.
Mesmo para quem não aprecia as bicicletas, o momento é de convívio e de festa, de chapéu na cabeça e leque na mão. É o caso de Sandrine Leandro, emigrante em França, que aproveitou a tarde quente em Viseu, onde está de férias, para dar um passeio com a família. "Não gostamos de ciclismo, não somos desportistas. Viemos pelos brindes para as miúdas", admite a mulher de 45 anos, numa das muitas filas de acesso às aguardadas ofertas.
No recinto de asfalto, as músicas dos diferentes stands misturam-se no ambiente, pintado com as cores das marcas. De braço dado com o filho Simão, Olga Gonçalves percorre a avenida com o olhar, à procura do próximo "alvo". Traz dois sacos de compras a transbordar de brindes, uma tradição que cumpre todos os anos e para a qual já vai preparada.
Prendas para todos
"Andamos com saquinhos de compras na mochila para o desenrasque. Já ganhámos umas garrafas, sacos reutilizáveis, bonés e umas ventoinhas de pescoço. Com este tempo dá imenso jeito", enumera a viseense, que garante ter destino para todos os brindes. "Dá-se a toda a gente. Vem um miúdo a casa, dá-se um boné; uma senhora mais de idade, um leque. E toda a gente fica contente", concorda Cecília Gomes, que acabou de ganhar uma almofada por ter cantado o tradicional tema "Apita o Comboio", com um sotaque afrancesado.
À semelhança de Sandrine, Cecília também regressou ao seu país para o verão. "É fixe, a gente passa um dia bom. Há tanto calor, o que vamos fazer? Ficar fechados em casa? Não, é melhor vir aqui", justifica a emigrante de 42 anos, revelando que já tem "dois sacos cheios" de brindes para distribuir pelos amigos e pela família.
E se nalguns casos, a conquista de um presente só depende da presença numa fila, noutros é preciso fazer por "merecer" o prémio. Vítor Sousa bateu os dois filhos a pedalar, mas toda a família recebeu um pequeno mimo. "Cheguei ontem de França e vim cá com os miúdos, isto é divertido para eles", justifica o emigrante, mostrando o saco com as conquistas alcançadas.
Para Sérgio Marques, que faz questão de ir à Volta a Portugal todos os anos, o convívio do ciclismo é o mais importante, mas não deixa de ir "à caça" dos brindes para a família. "São apenas brindes, mas se for possível tornar outra pessoa feliz, por que não?".