JNTAG - A sociedade tem necessidades e o mercado funciona conforme as suas exigências. Empregos que desaparecem, empregos que nascem. E as universidades adaptam-se e abrem novos cursos. É a evolução, dizem.
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Como será o futuro?
A evolução tecnológica prossegue o seu veloz caminho, agita águas, condiciona o futuro do mercado de trabalho. As necessidades estão definidas, segundo parece. Mais profissões ligadas à inteligência artificial, à sustentabilidade, à criatividade, à saúde. Há novas funções que transformam as que existem.
Vejamos, então, o que se perspetiva. No vasto campo das tecnologias, analistas e cientistas de dados, engenheiros de robótica, especialistas em segurança da informação, arquitetos de soluções nos caminhos da net, experts em realidade aumentada e virtual, vão ter procura e saída.
Na sustentabilidade, engenheiros de energias renováveis, engenheiros de mobilidade sustentável, gestores de resíduos, especialistas em agricultura sustentável.
Na saúde, profissionais de saúde mental, técnicos de saúde assistida por inteligência artificial, cientistas de dados clínicos, farmacêuticos de pesquisa. E muito mais, gestores de inovação, gestores de talentos, educadores online, especialistas em experiências do cliente.
Fora de moda, fora do circuito
Os tempos têm indicado essa mudança: profissões que envolvem tarefas repetitivas e manuais perdem espaço no mercado de trabalho com a chegada das novas tecnologias, frescas e rápidas. Quantas vezes já ouviste dizer que as máquinas vão substituir os homens e as mulheres no mundo laboral? Não será bem assim, mas a verdade é que é um tema que dá pano para mangas.
Novos cursos, habilidades e competências
Perante a realidade, as universidades portuguesas redesenham as ofertas formativas todos os anos. Por várias razões. É preciso dar resposta ao que o mercado pretende, pois procura gente com habilidades para resolver problemas complexos, tomar decisões assertivas, com inteligência emocional, rápida capacidade de adaptação, flexibilidade mental, e espírito crítico (tudo isto, convém sublinhar, é valorizado nas profissões do futuro). É também preciso captar o interesse e a atenção dos alunos que seguem os estudos académicos. É necessário alargar horizontes e perceber que a sociedade evolui dia após dia. E o ensino tem um papel fundamental.
Nos anos mais recentes, por exemplo, abriram cursos em Cidades Sustentáveis e Inteligentes, Computação Criativa e Realidade Virtual, Inteligência Artificial e Ciência de Dados, Bioinformática, Cibersegurança, Saúde Digital e Inovação Biomédica, Informática Industrial, Tecnologias Digitais e Segurança da Informação, Design de Interação de Jogos, Animação 2D e 3D.
85% das profissões de 2030 ainda não estão criadas, segundo um estudo realizado pelo Institute For The Future, dos EUA
43.899 alunos entraram no Ensino Superior em Portugal, na primeira fase do concurso nacional de acesso, uma descida de 16,4% em relação ao ano letivo anterior (situação que tem causado alguma preocupação)
O que está a dar (profissões dos próximos anos)
Cientista de dados
Especialista em cibersegurança
Profissional de saúde digital
Educador digital
Detetive de dados
Guia de loja virtual
Hacker de segurança
Técnico de manutenção de robôs industriais
Designer de produtos inteligentes
Analista de ética
Consultor de entretenimento pessoal
Consultor de bem-estar financeiro
Especialista em privacidade de dados
Especialista em chatbots
Analista de comportamento do consumidor
Especialista em marketing de chat ao vivo
Designer de instalações desportivas sustentáveis
Analista de eficiência energética
Engenheiro de energia geotérmica
Gerente de sustentabilidade empresarial
Especialista em energia eólica