O diretor nacional da PSP afirmou, esta quinta-feira, que o alarmismo que inundou e emanou das redes sociais sobre possíveis massacres em escolas portuguesas "não passou de uma brincadeira de mau gosto".
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"É mais um exemplo do mau uso das redes sociais", declarou Magina da Silva, no Porto, sobre a propagação de mensagens que indicavam que esta quinta-feira, para assinalar o 24.º aniversário do caso da escola de Columbine, nos EUA, em que dois atiradores mataram 13 alunos e professores, episódios semelhantes iriam ocorrer em estabelecimentos de ensino portugueses.
As ameaças, originalmente difundidas a partir de um perfil digital chamado "vidabandida93", levaram pais a manifestar, ainda nas redes sociais, que não deixariam os seus filhos ir à escola. Mas o diretor nacional da PSP, à margem de uma operação de combate ao tráfico de droga no Porto, garantiu que "este caso concreto que andou a rolar está rastreado e as pessoas podem estar sossegadas".
Como falsos alertas de bomba
"A situação que deu origem a este alarme todo foi devidamente despistada, acompanhada e, ao que sei, não passou de uma brincadeira de mau gosto", insistiu Magina da Silva, comparando o sucedido com falsos alertas de bomba, um clássico de um tempo ainda sem Internet nem as suas redes sociais.
"Muitas vezes, os alunos, para não irem aos exames, comunicavam alertas de bombas", lembrou o diretor da Polícia, observando que o caso presente ganhou outra dimensão porque as informações falsas nas redes sociais "circulam rapidamente" e foram "a reboque do que tem acontecido em alguns países, nomeadamente no Brasil, recentemente".
Magina da Silva explicou ainda que os órgãos de polícia criminal (OPC), como a PSP, monitorizam habitualmente as fontes abertas e detetaram "algumas publicações, em redes sociais", a remeter para a referida ameaça. "Foram sinalizadas, despistadas e transmitidas aos nossos parceiros que também são OPC, nomeadamente a Polícia Judiciária", contou.
Apesar de todo o alarmismo se ter revelado infundado, Magina da Silva não deixou de afirmar que "a segurança pública é uma responsabilidade de todos", para defender que é dever dos cidadãos comuns "colaborar com as forças policiais, sinalizando situações que [até] podem não dar em nada, como é o caso".