A Polícia Judiciária identificou cinco menores de Lisboa, Leiria e Aveiro que propagaram ameaças de massacre em escolas, essencialmente na rede social TikTok. A investigação da PJ apurou que os jovens não tinham noção da dimensão e impacto que as ameaças viriam a tomar.
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Nos últimos dias, várias mensagens com ameaças de massacre em escolas sugiram nos ambientes digitais portugueses, com os pais de alunos a admitir proibir os filhos de se deslocarem aos estabelecimentos de ensino.
"Apurou-se que estas situações terão ocorrido na sequência de publicações na rede social Tik Tok, com origem no estrangeiro, onde é feita alusão ao Massacre de Columbine, nos Estados Unidos. Não foram, no entanto, recolhidos indícios de que pretendessem materializar as ameaças em causa, tudo levando a crer que se tratarão de casos de mimetização de um fenómeno que está a ocorrer, em várias partes do globo", explica a PJ, que identificou cinco menores em território nacional.
Os autores das mensagens são todos menores e a investigação da PJ não recolheu um único indícios de radicalização ou extremismo. "Os jovens assumiram a autoria das publicações, não tendo noção da dimensão e impacto que as suas ações viriam a tomar", adianta ainda a Judiciária.
A partilha de informação entre as autoridades permitiu à Unidade de Coordenação Antiterrorismo (UCAT) da PJ, recolher, nos últimos dias, as mensagens de ameaças, em vários pontos do país.
Algumas delas foram divulgadas pela PSP, com o diretor daquela Polícia a qualificar os atos como brincadeira de mau gosto.
Apesar de não existirem suspeitas de que as ameaças sejam efetivamente levadas a cabo, a PJ está a investigar todas mensagens com este tipo de conteúdo.
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