Autoridades ainda não ouviram pais de bebé e esperam autópsia.
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O Ministério Público abriu inquérito ao caso do bebé que morreu no Carregado, Alenquer, quando o cão de família o atacou, mas, até à passada sexta-feira, as autoridades ainda não tinham ouvido os pais da criança. Também é esperado o resultado da autópsia para determinar as causas da morte.
O cão foi levado para os serviços municipais veterinários de Alenquer e a decisão de eutanasiá-lo será tomada em 15 dias. É, aliás, o período definido por lei e que diz respeito à quarentena a que o cão deve ser submetido depois de atacar. Decorridas duas semanas, o veterinário municipal deve avaliar o comportamento do animal e dar parecer sobre se este é eutanasiado ou devolvido aos donos, passando a integrar, assim, a lista de cães perigosos que já atacaram. Neste caso, o cão não pode sair de casa sem trela nem açaime e tem de ser treinado por um treinador certificado pelas forças de segurança. Na tomada de decisão sobre o destino do animal, a gravidade do ato cometido pelo cão é um fator determinante.
O ataque aconteceu a 11 de outubro. De acordo com os primeiros indícios recolhidos pela GNR, a mãe saiu para levar o lixo à rua e o cão, um pastor belga malinois, entrou em casa. A mulher regressou, pegou no bebé ao colo e sentou-se no sofá. Foi neste momento que o cão saltou para o sofá e mordeu o menino na cabeça. A mãe tentou afastá-lo e foi mordida no braço. Alertou as autoridades e os bombeiros, mas nada havia a fazer, o bebé acabou por falecer vítima de traumatismo cranioencefálico grave.