O advogado dos dois irmãos iraquianos que, esta quarta-feira, começaram a ser julgados em Lisboa por crimes de guerra praticados no país natal e por terem alegadamente pertencido ao Estado Islâmico renunciou à defesa dos arguidos na sala de audiências.
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Antes de abandonar a sala, o advogado Vítor Carreto garantiu que Ammar e Yaser Ameen, de 36 e 34 anos, "não acreditam na Justiça portuguesa"
O ato obrigou à chamada de uma mandatária oficiosa que vai assegurar a diligência desta quarta-feira, destinada a ouvir testemunhas relacionadas com a chegada dos irmãos a Portugal, em 2017. Os depoimentos decorrerão sem a presença dos arguidos na sala de audiências.
Ammar Ammen declarou, entretanto, que vai entrar em greve de fome na cadeia de Monsanto, onde os dois arguidos estão em prisão preventiva, por ter tido os seus direitos "desrespeitados" desde o início do processo.
Os dois irmãos são acusados de crimes de adesão a organização terrorista, de crimes de guerra contra as pessoas e, quanto a um arguido, também, de crime de resistência e coação sobre funcionário.