A PSP de Leiria está a investigar um caso de agressão a um menino de 12 anos, dentro do autocarro escolar, no percurso entre a escola, que fica na freguesia de Milagres, e a cidade de Leiria.
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A mãe do estudante está indignada com o facto de o motorista não ter impedido as agressões e ter deixado o menor na paragem, quando ele "estava a sangrar e a desfalecer".
Segundo Ginette Rosa, 41 anos, foi uma colega do filho que o amparou e chamou por socorro. As agressões ocorreram na quinta-feira, ao final da tarde.
No percurso entre o Colégio Senhor dos Milagres e a zona de Nova Leiria, numa das extremidades da cidade, o menino foi agredido a murro, por vários colegas, e terá mesmo caído no chão do autocarro, a sangrar. O motorista ter-se-á apercebido da zaragata. Chegou mesmo a parar a viatura nos Marinheiros, para dar água ao menino, mas depois prosseguiu a marcha e deixou-o no local habitual.
"Não consigo perceber como é que o motorista, vendo o meu filho naquele estado, o deixa na via pública, dizendo para por gelo", queixou-se a mãe do menino ao JN. Segundo Ginette Rosa, que é professora, o que aconteceu com o seu filho não é novidade neste ano letivo: "Já tinha falado com a diretora de turma pelo menos duas vezes e ela disse-me que ia averiguar". Desta vez, as agressões assumiram outras proporções.
O estudante ficou com hematomas "no pescoço, com arranhões, o nariz inchado e muito debilitado a nível psicológico", disse a docente, que tinha optado por colocar o menor no colégio, para lhe proporcionar "um ambiente mais familiar, com menos alunos" e, supostamente, também com menos agitação.
Entretanto, a PSP já identificou várias pessoas que podem servir de testemunhas, entre elas o motorista do autocarro, e está a reunir provas em relação a alegadas agressões anteriores.
Quando tiver o processo concluído, irá remetê-lo ao Tribunal de Família e Menores e à Comissão de Proteção de Crianças e Menores em Risco, disse uma porta-voz daquela força de segurança.
A diretora do colégio, Teresa Sintra, não esteve disponível para falar com o JN, mas ao que apurámos, está a colaborar com as autoridades para o apuramento da verdade. E já manifestou solidariedade à mãe do aluno, dispondo-se a ajudá-la no que for necessário.