O Tribunal de Braga vai julgar um homem de Setúbal que se deslocou a Braga para comprar cocaína e foi apanhado pela GNR, em Celeirós, à saída da cidade, com 232 quilos, que valeriam 4,5 milhões de euros.
Corpo do artigo
A acusação do Ministério Público de Famalicão diz que, em 7 de setembro de 2024, Lúcio Barreto regressava, de carro, de noite, depois de se ter abastecido, em Braga, de estupefaciente. Mas circulava sem luzes. Por isso, foi abordado por uma patrulha da GNR, que obrigou o veículo, um Renault Clio, a parar. O condutor fugiu a pé, enquanto o arguido foi identificado e detido.
Os militares da Guarda verificaram que na bagageira e nos bancos traseiros do Clio estavam nove caixas de cartão, que continham 235 pacotes com 232,8 quilogramas de cocaína. Esta tinha um grau de pureza de 76,8% e daria para 894 mil doses individuais.
A GNR também apreendeu dois telemóveis e 220 euros em dinheiro. Já o carro é propriedade da empresa Lúcio Barreto Unipessoal, Lda, que também foi constituída arguida e que, segundo as autoridades, terá sido criada como “fachada” para mascarar a atividade de tráfico. O mesmo sucederia com a profissão de motorista de TVDE (vulgo Uber) do arguido.
Este, que está em prisão preventiva, e a firma foram acusados de tráfico de estupefacientes agravado.
O Ministério Público pede que seja declarada a perda ilícita de vantagem alegadamente obtida pelo traficante, no montante de 13.770 euros, correspondentes ao valor do veículo, 12.500 euros, 220 do dinheiro encontrado e 1050 euros, do valor dos dois telemóveis.
A investigação não apurou a origem da droga, mas julga-se que terá vindo, da América do Sul, para a Galiza e daí para Braga.
Aquando da detenção, a GNR encontrou duas chapas de matrícula correspondentes a uma viatura Renault Megane furtada em agosto de 2023, pelo que o MP extraiu uma certidão para que o caso seja investigado.