O Tribunal de Instrução Criminal do Porto anuncia esta tarde a sua decisão quanto ao pedido de instrução apresentado por 9 dos doze arguidos da Operação Pretoriano, acusados pelo Ministério Publico (MP) da prática de 31 crimes ocorridos durante a Assembleia Geral do F. C. Porto, de 13 de novembro do ano passado.
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A decisão vai determinar a ida a julgamento dos arguidos, onde incluem o casal Madureira, Vítor Catão e Fernando Saul, entre outros.
Segundo a acusação do Ministério Público, um grupo de elementos dos Super Dragões, sob a liderança de Fernando Madureira, criou um ambiente de violência e coação na reunião nagna do clube, onde deveriam ser votadas alterações dos estatutos dos "azuis e brancos", propostas pela direção de Pinto da Costa, a poucos meses das eleições que dariam uma retumbante vitória a André Villas-Boas e o consequente afastamento do histórico presidente Pinto da Costa.
Mês e meio depois da polémica assembleia, a PSP do Porto desencadeou uma megaoperaçao que resultou na detenção do casal Madureira, Vitor Catão, Hugo Carneiro, o "Polaco", Fernando Saul, oficial de ligação do clube com as claques e mais oito elementos dos Super Dragões.
Acusados de 31 crimes, 19 de coação agravada, sete de ofensas à integridade física, um crime de arremesso de objetos ou líquidos e três crimes de atentado à liberdade de informação.
Juíza não quis ouvir testemunhas
Filipa Azevedo, a magistrada do TIC a quem coube a instrução do processo, recusou ouvir as testemunhas apresentadas por alguns dos acusados, designadamente as apresentadas por "Macaco" - Pinto da Costa, Vítor Baía, Fernando Gomes e Adelino Caldeira.
A magistrada achou essencial para a instrução visionar as imagens gravadas na assembleia em causa - 23 horas de imagens recolhidas por várias câmaras de video - e ouvir os arguidos que quisessem falar. Todos negam qualquer crime e o MP considerou que a instrução reforça a acusação.