Dois "sabonetes" de haxixe foram encontrados, esta quarta-feira, nos destroços da viatura que se despistou, na madrugada de terça-feira, numa rotunda de Almancil, e foi deixada no local pelas autoridades. O condutor morreu no acidente, tendo o seu corpo ficado carbonizado.
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O veículo transportava droga e era perseguido por outro, num cenário, para Polícia Judiciária do Sul, de ajuste de contas. Quando o seu condutor de despistou e morreu, os perseguidores terão conseguido retirar vários fardos de haxixe do carro sinistrado.
A seguir, a Polícia Judiciária entrou em cena e ainda ali apreendeu cerca de dez quilos de droga. Mas o carro não foi removido do local. E, já esta quarta-feira, a GNR levantou a suspeita de que ainda pudesse haver droga na “cena do crime”. Foi então ao local, após receber relatos de que várias pessoas ali se tinham dirigido durante a noite, e passou a informação à PJ. Com o auxílio de cães, foram descobertos dois “sabonetes”, com cerca de meio quilo de haxixe, no meio dos destroços.
Este achado foi feito numa altura em que a PJ já tinha dado por concluídas as peritagens no local. Os destroços que ali permanecem já não são considerados de interesse para a investigação, por já terem sido alvo de perícias, apurou o JN. A zona está delimitada por fitas, sem obstrução da faixa de rodagem, mas à vista e alcance de todos.
Documentos espanhóis
A PJ continua a tentar identificar a vítima mortal e os três homens que foram vistos a sair da viatura, encapuzados, em perseguição e a roubar fardos do veículo acidentado. Entre os destroços seriam encontrados documentos de identificação de um cidadão espanhol conotado com a prática de crimes de tráfico de estupefacientes.
Os inspetores têm trocado informações com as autoridades espanholas e irão analisar as imagens captadas pelas câmaras de videovigilância daquele troço da Estrada Nacional 125. Os vestígios recolhidos deverão ser enviados nos próximos dias para o Laboratório de Polícia Científica da PJ e para o Instituto Nacional de Medicina Legal.
A investigação está nas mãos da Secção Regional de Investigação do Tráfico de Estupefacientes. Apesar de ainda estar numa fase inicial, todos os indícios e testemunhos já recolhidos apontam para um ajuste de contas entre traficantes de haxixe.