Juiz que mandou o ex-banqueiro Ricardo Salgado para julgamento confirmou, na mesma decisão, a inocência de cinco funcionários do banco
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O juiz Pedro Santos Correia, do Tribunal Central de Instrução Criminal, rejeitou, na decisão em que mandou o ex-banqueiro Ricardo Salgado para julgamento por 65 crimes, a versão de um antigo cliente do Banco Espírito Santo (BES) que perdeu 700 mil euros com o colapso do Grupo Espírito Santo (GES) de que foi enganado e de que não teria investido aquele montante se soubesse que estava a subscrever produtos de risco e não semelhantes a depósitos a prazo, ilibando a sua gestora de conta e mais três bancários de uma agência em Leiria da prática de qualquer crime.
Para o magistrado, a garantia do lesado, assistente no processo principal da queda do BES/GES, não merece “credibilidade”, uma vez que “a rentabilidade acima da média” dos instrumentos subscritos” era “atrativo suficiente para o investimento, “especialmente de uma quantia tão avultada”.