O Ministério Público acaba de acusar de dois crimes de violência doméstica agravados o bombeiro da Madeira que, em agosto, foi filmado por uma câmara de videovigilância a agredir a mulher, à frente do filho de nove anos, no concelho de Machico.
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O casal estava em processo de separação e, no início de agosto, a mulher mudara-se, com o filho, para uma habitação de familiares, em Água de Pena, Machico. Segundo a acusação, na madrugada de 24 de agosto, o arguido dirigiu-se àquela moradia e agrediu violentamente a mulher. O filho pediu repetidamente ao pai para parar, pondo-se mesmo entre ele e a mãe para a proteger.
O Ministério Público relata ainda outro episódio de violência, ocorrido em julho. Neste mês, registaram-se várias discussões entre o homem e a mulher, que eram casados desde 2010. E, numa daquelas ocasiões, o arguido agrediu a mulher, atingindo-a na cara com um telemóvel, descreve a acusação.
Dois dias depois do crime de agosto, o arguido foi detido pela PSP. Por decisão de uma juíza de instrução criminal, foi posto em prisão preventiva. Há uma semana, mudou-se para prisão domiciliária, com vigilância eletrónica.
A defesa do bombeiro chegou a apresentar um pedido de "habeas corpus" (libertação imediata), a que foi negado provimento pelo Supremo Tribunal de Justiça. Também interpôs recurso da prisão preventiva para a Relação de Lisboa, que ainda não se pronunciou.

