A Mobilize Financial Services Portugal (MFS Portugal) diz que já recebeu 18 reclamações e, "face à dimensão da alegada fraude", as filiais estrangeiras ponderam ir para tribunal.
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A responsabilidade do bloqueio das baterias de carros elétricos é do país de origem (nuns casos a França, noutros Alemanha), afirma a MFS Portugal, dizendo que só soube do caso através dos novos donos dos veículos. Tanto a MFS Portugal como as filiais francesa e alemã tentaram contactar a E-Drive Option e a importadora, a Famaburgo, "não tendo obtido qualquer resposta".
Lembra ainda que, ao abrigo do contrato de aluguer, em caso de exportação da viatura, "o vendedor tem a obrigação de informar o novo comprador que a bateria está sujeita a contrato de aluguer, que passará a ser gerido pelo país de destino, no caso pela MFS Portugal".
"Nestes casos de alegada fraude, a MFS Portugal não é responsável pelo bloqueio destas baterias (que não lhe pertencem) e desconhece quer a localização geográfica das baterias, quer a identidade dos atuais proprietários dos veículos", afirma, esclarecendo que o bloqueio foi feito nos países de origem das viaturas pela respetiva filial do banco do grupo Renault (DIAC, em França, RCI Germany, na Alemanha).
"Face à dimensão da alegada fraude, temos informação de que as entidades Mobilize lesadas estão a equacionar acionar os mecanismos legais e judiciais adequados", esclarece ainda a ex-RCI Portugal.
Em Portugal, a compra com aluguer de baterias foi abandonada pela Renault em 2019.