
Luís Filipe Menezes lidera a autarquia desde outubro
Foto: João Girão / Arquivo
A autarquia gaiense, agora presidida por Luís Filipe Menezes, comunicou, ao coletivo de juízes do tribunal daquela cidade, a desistência da figura de assistente do processo que julga um pretenso "pacto corruptivo" entre o então vice-presidente da autarquia, funcionários e promotores imobiliários, com projetos de construção na cidade avaliados em 300 milhões de euros.
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O inesperado abandono do processo significa que a autarquia desiste do pedido de indemnização de 50 mil euros, que exigia ao seu antigo vice, Patrocínio Azevedo, a ex-diretora da Divisão do Urbanismo, Luísa Aparício, ao advogado, João Lopes, e aos empresários Paulo Malafaia e Elad Dror, entre outros arguidos.
O JN solicitou à Câmara de Gaia explicações sobre a desistência, mas até ao fecho desta edição não obteve resposta.
Na sessão de ontem, a maior parte do tempo foi ocupada pela continuação das alegações do Ministério Público, que, na véspera, defendeu que, do julgamento, resultou inequivocamente provado todo o conteúdo da acusação, apontando para a existência de "um pacto corruptivo" entre autarca, funcionários e promotores imobiliários. Para a magistrada, a "cultura de corrupção e impunidade" resultou na viciação de normas de licenciamento urbanístico.
