A cela do posto da GNR de Alcochete onde Bruno de Carvalho tem passado as últimas noites, com 6 metros quadrados de tamanho e um pé direito de 2,40 metros de altura, cumpre a legislação em vigor.
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A cama também, pois é constituída por um maciço de betão, em cima do qual está colocado um colchão com 2,40 metros de comprimento, 70 centímetros de largura e 30 centímetros de altura.
Bruno de Carvalho tem ainda à disposição uma retrete, tipo turca, colocada no chão e um lavatório incrustado num maciço de betão, em aço inox, com torneira temporizada. Não há chuveiro porque o mesmo pode ser usado como arma contra o próprio ou contra guardas.
A porta da cela é em chapa de ferro, com 2 metros de altura, 80 centímetros de largura e 37 milímetros de espessura, contendo uma portinhola. Existe ainda uma janela, que assegura a iluminação natural e ventilação conveniente e é protegida por uma grade metálica.
"A família de Bruno de Carvalho tem razão nas queixas que fez, porque as celas estão idealizadas para uma detenção de poucas horas, o que não é o caso. A responsabilidade é do juiz de instrução criminal, que não teve em conta as condições da detenção, ou da GNR, que não alertou para essas condições", defende José Lopes, presidente da Associação Nacional de Sargentos da Guarda.
É nesta cela que, sabe o JN, o ex-presidente do Sporting tem recebido os familiares e o advogado que o visitam. Mas não é aí que come o jantar que lhe chega da cantina da cadeia do Montijo. As refeições são feitas numa pequena sala existente junto às duas celas do posto.