Costa e a detenção de Rendeiro: "É sinal de que podemos confiar nas instituições"
O primeiro-ministro felicitou a Polícia Judiciária pelo trabalho na detenção do ex-banqueiro João Rendeiro na África do Sul e considerou que é um sinal de que se pode confiar nas instituições.
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O ex-banqueiro português João Rendeiro foi detido este sábado de manhã no norte da cidade portuária de Durban, no sudeste da África do Sul, e será ouvido em tribunal na segunda-feira.
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"Em primeiro lugar queria felicitar a nossa Polícia Judiciária pelo trabalho desenvolvido, acho que é um sinal de que podemos confiar nas instituições e temos de deixar funcionar as instituições", afirmou António Costa aos jornalistas, à saída do XXV Congresso da Associação Nacional de Municípios (ANMP), em Aveiro.
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Questionado sobre se deseja que a extradição do ex-banqueiro seja rápida, Costa foi perentório em dizer que todos querem que o processo seja rápido: "Toda a gente deseja que seja rápida, mas o processo de extradição tem a sua tramitação, a República da África do Sul tem a sua legislação e as suas instituições, o que devemos respeitar."
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O primeiro-ministro reforçou que o que competia ao Estado Português fazer para garantir a execução das decisões judiciais foi feito, sendo agora necessário aguardar e respeitar que as instituições da África do Sul façam o seu trabalho. Os processos de extradição têm uma natureza mista, ou seja, tem uma intervenção governativa e uma eminentemente judicial, estando, neste momento, na esfera judicial, explicou. "À justiça o que é da justiça", frisou.
Costa aproveitou ainda para sustentar que a justiça é uma instituição fundamental para um Estado de direito, vida democrática, cumprimento da lei e mostrar que ninguém está acima da lei.
O objetivo agora é "decretar o cumprimento da prisão" do ex-banqueiro, disse Luís Neves, em conferência de imprensa, na sede da PJ, em Lisboa, adiantando que Rendeiro será presente a tribunal nas próximas 48 horas.