De Costa e Montenegro a Sócrates e Salgado: políticos a contas com a Justiça em ano de eleições
Tribunais e Ministério Público têm na mão figuras de peso que ou já foram desapossadas dos cargos ou têm o futuro em risco por causa dos processos.
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Com o Governo em gestão, depois de o primeiro-ministro, de António Costa, se ter demitido por causa de uma investigação do Ministério Público (MP) que o visa diretamente, e com eleições agendadas para o dia 10 de março, dificilmente, a avaliar pelo calendário dos tribunais, o mundo da Justiça não entrará, no primeiro trimestre deste ano, pela campanha eleitoral adentro.
Da ainda quente Operação Influencer, que tem o ex-ministro João Galamba como arguido, ao caso da Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates (2005-2011), passando por um ex-ministro alegadamente corrompido pelo antigo banqueiro Ricardo Salgado e autarcas sob suspeita, de Norte a Sul do país, não faltam processos com potencial para influenciar o rumo da vida política nacional, com decisões importantes em breve. Mesmo que, em 2024, a Justiça também prometa abarcar outros universos tão diversos como o futebol, a própria magistratura e a exploração de migrantes (ver casos da página 6).