Um indivíduo suspeito de ser cúmplice do empresário que raptou uma ex-namorada em Oliveira de Azeméis para a sequestrar com intenção de a violar, num motel de Vila Nova de Gaia, foi detido pela Polícia Judiciária do Porto. O indivíduo, de 33 anos, é um antigo funcionário do empresário, com vastos antecedentes criminais.
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De acordo com informações recolhidas pelo JN, pouco antes de o empresário ter sido detido no motel, o cúmplice que conduzia a viatura onde a vítima foi transportada, saiu do carro, deixando a sequestrada e o empresário. Nunca mais foi visto na sua residência habitual, mas acabou por ser detido ontem nas instalações da PJ do Porto, onde se apresentou voluntariamente com um advogado. O indivíduo terá, na terça-feira, ameaçado com uma arma de fogo os pais e o novo namorado da vítima, na casa da mulher, em Macieira de Sarnes, Oliveira de Azeméis.
Foi lá que o empresário da área da restauração raptou a ex-companheira que é uma antiga funcionária dele. O novo namorado da vítima também chegou a trabalhar para o sequestrador, que já foi colocado em prisão preventiva na quarta-feira.
Na origem do crime estarão ciúmes. O empresário, de 47 anos, não aceitou o fim da relação e quereria raptar a ex-companheira para a violar no motel, em Gaia. Para isso, terá contratado dois indivíduos. São o agora detido mas também outro indivíduo, já constituído arguido pelas autoridades e remetido à liberdade por não ter tido uma participação ativa nos crimes.
O agora detido terá conduzido o carro em que a vítima foi transportada para o motel, onde foi mantida em cativeiro pelo empresário, sob ameaça de arma de fogo.
Nas buscas à casa do cúmplice, os inspetores da PJ encontraram perto de cem notas falsas de dez euros, assim como dois bonés da PSP e ainda um inibidor de sinal capaz de neutralizar ou inibir a emissão de sinais radioelétricos. Este aparelho é geralmente utilizado em assaltos a residências.
O indivíduo com antecedentes criminais por tentativa de homicídio, assalto à mão armada, tráfico e viciação de veículo vai ser levado ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto para o primeiro interrogatório judicial.