Detido suspeito de matar jovem à porta do Bar Académico de Braga

Manuel de Oliveira Gonçalves, aluno do 12.º ano da Escola Secundária D. Maria II, em Braga, foi atingido por diversos golpes de arma branca em zonas sensíveis do corpo e chegou quase sem sinais vitais à sala de emergência do Hospital de Braga, onde, poucos minutos depois, faleceu.

O alegado homicida, Mateus Machado, 27 anos, residente no Grande Porto, foi detido esta quinta-feira de manhã, em Castelo Branco. A Polícia Judiciária de Braga confirmou que o suspeito se preparava para fugir para o estrangeiro, no momento em que foi detido.

Em comunicado, a PJ realça que "no cumprimento de um mandado de detenção emitido pelo DIAP de Guimarães, deteve, hoje, um homem, com 27 anos, suspeito da prática de um crime de homicídio qualificado, com utilização de arma branca, cometido na madrugada do passado dia 12 de abril, no sábado, junto ao Bar Académico, em Braga".

A força policial refere que "por motivos ainda não totalmente esclarecidos, elementos de dois grupos distintos foram expulsos do estabelecimento comercial após uma discussão verbal", desencadeando-se uma rixa que culminou com o assassínio de "Manu".

"Depois, já no exterior do bar, voltaram a envolver-se em confrontos, desta vez com agressões físicas, tendo o suspeito utilizando uma faca, golpeado a vítima, um jovem de 19 anos, na zona torácica e membro superior direito, lesão que veio revelar-se fatal, apesar do socorro de emergência", lê-se no comunicado.

"Das diligências ininterruptas entretanto realizadas pela PJ, foi possível identificar, localizar e deter o agressor, que já se encontrava em fuga, refugiado numa zona isolada do interior do país e a preparar-se para fugir para o estrangeiro", salienta a PJ, acrescentando que o detido será presente às autoridades judiciárias competentes, no Tribunal de Vila Nova de Famalicão, para ser submetido a primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.

"Manu" será sepultado na tarde desta quinta-feira, depois do velório na Igreja Nova de Gualtar, em Braga. Deverá depois decorrer a missa de corpo presente, seguida de cortejo fúnebre, até ao Cemitério de Gualtar.

A discussão que antecedeu o homicídio, na madrugada 12 de abril, começou dentro do bar (da Associação Académica da Universidade do Minho, mas concessionado a um privado) e continuou no exterior. Aqui, a vítima ainda terá telefonado ao namorado da irmã, agente da PSP. Mas os ânimos estavam demasiado acesos e, numa das sucessivas escaramuças, um dos elementos de um grupo de cinco jovens sacou de uma faca. Manuel Gonçalves, encostado a uma parede, sofreu vários golpes, caindo ao chão, onde ficaria inanimado. Os agressores meteram-se num automóvel e fugiram. Passariam poucos minutos das 5 horas.