Detidos na Galiza traficantes com ligação a 1600 quilos de cocaína encontrados em Peniche
A Galiza foi palco, esta terça-feira, de uma operação policial contra o trafico de droga, com nove detenções de membros de uma rede que envolve o clã Piturros (galegos) mas também albaneses, italianos, colombianos e portugueses. A operação teve origem na apreensão, em abril, de 1600 quilos de cocaína em Peniche.
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Vários inspetores da PJ portuguesa colaboraram na gigantesca operação que decorreu na madrugada desta terça-feira na zona de Salnês, um concelho da vizinha Galiza, contra o tráfico internacional de cocaína. As policias dos dois países detiveram nove pessoas, incluindo um português, alegadamente responsáveis por uma das maiores redes de tráfico internacional de cocaína que usa a Península Ibérica como porta de entrada para a Europa.
Segundo informações das autoridades espanholas – a PJ guarda silêncio –, as investigações terão começado em 2022, com a apreensão de três toneladas de cocaína que viajavam a bordo de um navio com pavilhão africano, ao largo das Canárias, e que teriam como destino a Galiza e Portugal.
Mais tarde, em abril deste ano, a PJ, com a GNR e Guardia Civil espanhola, apreendeu, em Peniche, uma lancha rápida e 1600 quilos de cocaína. Na altura, as autoridades não lograram deter nenhum dos implicados, mas descobriram o cadáver de um pescador português, com sinais de ter sido vítima das hélices da lancha rápida, na altura em que terá tentado fugir.
E terá sido no desenvolvimento da investigação deste caso que ocorreu ontem a operação na Galiza.
Além da PJ e da Guardia Civil, também colaboraram na operação na Galiza, a DEA (agência norte-americana de combate à droga) e Interpol.
Ao que o JN apurou, parte dos detidos serão membros proeminentes do clã Piturros (galego), do Balkan Cartel (conhecida mafia albanesa), da Ndrangheta (mafia calabresa, de Itália) e de um conhecido cartel colombiano. Ao português detido ainda não são conhecidas ligações que terá a estas organizações criminosas.