Detidos por furtos em armazéns para venda em feiras começam a ser ouvidos no tribunal
Os seis homens detidos numa mega operação desencadeada esta segunda feira pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Palmela começaram esta tarde a ser ouvidos no Tribunal de Setúbal para aplicação de medidas de coação.
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A operação que contou com 170 elementos da GNR e PSP desmantelou a rede criminosa composta por seis homens responsáveis por mais de 30 furtos no espaço de um ano a armazéns de vestuário, tabaco, postos de abastecimento e estabelecimentos de restauração nos distritos de Faro, Setúbal, Santarém e Lisboa.
Os seis suspeitos, um romeno e cinco portugueses com idades entre os 26 e 44 anos, foram detidos no Montijo e em Samora Correia numa mega operação desencadeada pelo Núcleo de Investigação Criminal de Palmela da GNR há mais de um ano.
O grupo agia pela calada da noite e, com recurso a marretas e picaretas, partia as paredes de armazéns para depois levar brinquedos, vestuário e tudo o que pudessem vender em feiras de norte a sul do país. Antes dos furtos, um seguia à frente para certificar que não havia autoridades nas imediações dos armazéns alvos e comunicava com os restantes através de "walkie talkies".
No fim de semana passado, tinham furtado tapetes de um armazém através do rebentamento da parede. Durante a operação, a GNR apreendeu a carrinha, furtada, ainda com os tapetes que seriam distribuídos por feiras no país. É estimado que a rede criminosa tenha causado um prejuízo de meio milhão de euros, entre danos provocados nos estabelecimentos e bens furtados.
De acordo com Fábio Afonso, comandante do Destacamento Territorial de Palmela da GNR, a investigação começou em janeiro de 2019 na sequência de denúncia por furto em armazém em Palmela. "Com recurso a pegadas deixadas e sistemas de videovigilância, foi possível identificar os suspeitos e proceder agora à sua detenção".
A operação decorreu sem incidentes durante as buscas a 13 habitações e veículos, uma garagem e uma loja. Foram apreendidas nove viaturas e duas armas de fogo. Vários familiares dos suspeitos juntaram-se no posto, o que obrigou ao reforço de militares do Destacamento de Intervenção da GNR para garantir a segurança. Os detidos estão indiciados por furto qualificado, recetação e dano qualificado.