O proprietário de um minimercado de Arouca começa a ser julgado, esta sexta-feira de manhã, no Tribunal da Feira, por ter atingido um homem com dois tiros numa quezília. Responde pelo crime de homicídio, na forma tentada, e um crime de detenção ilegal de arma.
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Os factos ocorreram em agosto de 2021 e envolvem o proprietário de um minimercado da freguesia de Chão de Ave e um familiar de uma funcionária que o arguido despediu. De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o empresário desconfiou que a mulher que ali prestou algumas horas de serviço lhe estaria a roubar produtos.
Acabou por confrontá-la e despedi-la, situação que gerou um conflito entre o proprietário e alguns familiares da funcionária.
Ao início da noite de 12 de agosto, antes de entrar no carro para se ir embora e depois de ter fechado o minimercado, o arguido retirou da zona da cintura uma pistola e exibiu-a a familiares da ex-colaboradora, que se encontravam na varanda de casa, junto ao minimercado.
Nessa mesma noite, ao regressar ao estabelecimento, o homem foi confrontado por um familiar da mulher exatamente por, duas horas antes, ter mostrado a arma. Em resposta, voltou a fazê-lo e, momentos depois, saiu do carro e disparou um tiro para o ar.
Perante o disparo do arguido, o homem tentou refugiar-se em casa, mas acabou por ser atingido ainda antes de conseguir entrar. É que depois do primeiro tiro para o ar, o proprietário do minimercado voltou a disparar, atingindo a vítima numa perna e, posteriormente, no abdómen.
Acabaria detido e aguarda o desenrolar do julgamento em casa, com vigilância eletrónica.