O processo da seita religiosa Verdade Celestial, constituída por predadores sexuais que violavam os próprios filhos e crianças que eram deixadas à sua confiança numa quinta em Palmela, cujos crimes chocaram o país em 2017, voltou ao Tribunal de Setúbal. Foi agravada a pena aplicada a Cláudio Santos, um dos oito membros do grupo.
Corpo do artigo
O indivíduo foi condenado num processo que decorreu no Tribunal de Loures por um crime de pornografia infantil e viu o coletivo de juízes do Tribunal de Setúbal aumentar de sete para 10 anos e nove meses a pena de prisão.
Na decisão de cúmulo jurídico, a juíza Paula Sá Couto considerou que o arguido gravava as crianças em atos sexuais "como se fossem meninos de ninguém". A magistrada não perdoou o arguido, que atribuiu o comportamento a fatores externos, como a depressão de que sofria.
Cláudio Santos tinha sido condenado em dezembro de 2017 por crimes de abusos sexuais de crianças, no âmbito do processo da seita alegadamente religiosa Verdade Celestial, responsável pelo abuso sexual e violação de crianças entre o início de 2014 e junho de 2015. Na leitura do acórdão, em dezembro de 2017, o juiz-presidente considerou que "nem os animais fazem o que estas pessoas fizeram". Eram oito acusados e dois acabaram absolvidos.
Ler mais na edição impressa ou no epaper