Sónia Jesus, ex-concorrente do programa Big Brother, contou esta segunda-feira, no Tribunal de Bragança, que ficou "em choque" quando soube que Vitó, Vítor Soares, companheiro e pai das duas filhas, consumia cocaína.
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"Ele [Vitó] só me contou por carta, já preso na cadeia de Bragança", explicou durante o julgamento do processo conhecido com Semente em Pó, em que é arguido Vítor Soares, Amílcar Teixeira, Sandra Dias e Júlio Carvalho, acusados de pertencerem a uma rede de tráfico de droga que operava na zona Norte.
"Ele jurou-me que nunca mais consumia", referiu Sónia Jesus que admitiu saber que Vitó era consumidor de haxixe e que ficou "muito surpreendida" com a quantidade de cocaína apreendida na sua casa em Vila Nova de Gaia durante as buscas da GNR que levaram à detenção dos arguidos. "Ele disse-me que tinha comprado aquela quantidade por ser mediático. Tinha de comprar muita", acrescentou dizendo que Vitó trabalhava num negócio de revenda de automóveis e vendia vinho do Porto sem rótulo "que lhe arranjava um amigo" e azeite.
Sónia Jesus esclareceu que conhecia o arguido Amílcar Teixeira por ser pai de Edmar, outro ex-concorrente do programa Big Brother da TVI com quem fez "uma grande amizade".
Na sessão foram ainda ouvidos vários militares da GNR de Bragança e de Mirandela, que participaram em ações e vigilância aos arguidos e nas buscas às suas residências, que confirmaram os autos da acusação.
Os arguidos estão acusados pelo Ministério Público dos crimes de tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida. Três continuam em prisão preventiva há 12 meses: Sandra Pinto, de 44 anos, a mulher do falecido Jorge Figueiredo, o arguido que morreu na cadeia de Bragança em maio, técnica superior na câmara de Mirandela; Amílcar Teixeira, de 54 anos, pai de Edmar, antigo concorrente do Big Brother, também de Mirandela, e Vítor Soares, de 33 anos, de Vila Nova de Gaia, marido de Sónia Jesus.
Os arguidos estão acusados pelo Ministério Público dos crimes de tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida.
O Ministério Público está convicto que os arguidos dedicavam-se à venda de estupefacientes nos concelhos de Mirandela, Chaves, Valpaços, Vila Nova de Gaia e Boticas. Todos foram detidos em junho de 2022 numa operação da GNR.
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