O ex-presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, que vai ser julgado por participação económica em negócio, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, garante que a acusação do Ministério Público (MP) é “delirante e persecutória”.
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O ex-presidente do Centro Hospitalar do Algarve (CHUA) e antigo bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, também vai ser julgado pelos crimes. O MP garante que os arguidos simularam uma adjudicação direta para suportar o salário e as ajudas de custo de um radioterapeuta do norte que, entre 2015 e 2017, foi semanalmente trabalhar para Faro. O MP exige 95 mil aos dois antigos dirigentes hospitalares, bem como à ex-diretora do Serviço de Gestão de Recursos Humanos do CHUA, Rita Carvalho.
Em declarações ao JN, Laranja Pontes garante que ele e Pedro Nunes fizeram um acordo de cedência para que o médico prestasse serviço em Faro. “Foi tudo absolutamente legal e transparente. O acordo foi celebrado na nossa boa fé, ao abrigo de uma portaria que permitia a dispensa de um médico de um hospital público para outro”, garantiu Laranja Pontes que qualificou a acusação de “delirante e persecutória”.
“O Ministério Público demonstrou uma ignorância incompreensível. O CHUA gastava dois milhões de euros por ano com privados e passou gastar apenas um milhão. Estou convencido que o juiz vai ver que não fizemos nada de ilegal”, disse Laranja Pontes, que começa, no próximo mês de março a ser julgado no Tribunal de São João Novo.