O Ministério Público (MP) acusou oito arguidos por vários crimes de furto qualificado praticados entre 2019 e o início deste ano em várias superfícies do Norte e Centro do país. Os suspeitos forravam com papel de alumínio os sacos onde guardavam os artigos com o objetivo de desativar os alarmes quando passavam a caixa.
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Em nota publicada esta segunda-feira, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP) refere que "os arguidos, agindo articuladamente entre si, entre o final do ano de 2019 e o início do ano de 2023, apropriaram-se de diversos bens (peças de roupa de marca, material informático, consolas de jogos, telemóveis, Ipad’s e pequenos eletrodomésticos), em variadas superfícies comerciais das zonas Norte e Centro do país (Gaia, São João da Madeira, Viana do Castelo, Vila Real, Braga, Rio Tinto, Oliveira de Azeméis, Porto, Covilhã, Aveiro, Santa Maria da Feira, Maia, Chaves, Póvoa de Varzim e Guimarães) que ali se encontravam expostos para venda".
Para tal, os arguidos forravam o interior de sacos com papel de alumínio onde acondicionavam os artigos furtados, conseguindo, assim, impedir que fossem acionados os alarmes quando traspunham as linhas de caixa dos estabelecimentos comerciais.
Segundo o MP, um dos arguidos, que participou em 26 furtos, obteve proveitos de mais de 23.500 euros, enquanto um outro conseguiu mais de 15 mil euros, através de 15 furtos. Os restantes seis arguidos obtiveram, em conjunto, quase 14 mil euros, em 14 furtos. Na acusação, datada de 17 de outubro, o Ministério Público pediu que o valor global dos furtos, mais de 52 mil euros, fosse declarado perdido a favor do Estado, sem prejuízo dos direitos dos ofendidos.
Dois dos arguidos encontram-se sujeitos à medida de coação de obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica. Um dos oito arguidos responde ainda pelo crime de condução sem habilitação legal.