"Futuro presente, Odair sempre". Milhares desfilam em Lisboa para exigir justiça
O movimento Vida Justa realiza esta tarde, às 15 horas, em Lisboa, uma manifestação para reclamar justiça pela morte do homem baleado por um agente da PSP. Para a mesma hora está convocado um protesto do Chega "em defesa da polícia".
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Mais de uma hora depois de, na Assembleia da República, ter terminado a manifestação organizada pelo Chega, a marcha promovida pelo Vida Justa começa igualmente a desmobilizar da Praça dos Restauradores, sem qualquer incidente.
De ambos os palanques, surgiram apelos a que, no regresso a casa, se mantenha a tranquilidade que marcou ambos os desfiles. A moldura humana que desceu a Avenida da Liberdade, em homenagem a Odair Moniz foi substancialmente superior.
É o ponto final neste minuto a minuto. Obrigada por nos acompanhar, continue a seguir-nos para saber todos os pormenores e desenvolvimentos deste caso.
Em frente ao Parlamento, André Ventura subiu a uma carrinha transformada em palanque para agradecer às entre 200 e 300 pessoas que se juntaram à manifestação para mostrar que "há outro país" diferente do que desce a Avenida da Liberdade. "É a verdadeira revolução que queremos fazer. Não há prisão que pare essa revolução", disse, numa alusão ao facto de estar, tal como o líder parlamentar e um assessor do Chega, a ser investigado por incitamento ao ódio.
"Ninguém para este movimento. Nós somos a única salvação, a última salvação, de Portugal", insistiu.
André Ventura deu pelas, 16.45 horas,a manifestação por encerrada, ao som da canção "Conquistador", dos Da Vinci, e já depois de, mais um vez, ter sido entoado o hino nacional. No local, permanecem não mais de cem pessoas de todas as idades, vigiadas pela PSP.
A extensa moldura humana que permanece nos Restauradores silenciou-se um minuto em memória de Odair Moniz, um "irmão" que, ouve-se do palanque, não hesitava em ajudar quem passava necessidades.
Nas tarjas e camisolas, são ainda recordadas outras vítimas da "violência policial e racista", como o rapper MC Snake, morto em 2010 após não parar numa operação STOP, e Cláudia Simões, detida agressivamente numa paragem na Amadora, em 2020.
A manifestação "em defesa da Polícia" está prestes a chegar ao Parlamento. Ao longo do percurso, ouviram-se gritos como "Portugal é nosso" e cânticos de apoio ao presidente do Chega: "Ventura vai em frente, tens aqui a tua gente" "Portugal quer mudar, quer Ventura a governar", foi outro dos slogans.
Manifestação que quer justiça pela vida de Odair Moniz já chegou ao destino final, a Praça dos Restauradores, no centro de Lisboa. O protesto, que decorreu de forma pacífica, percorreu a Avenida da Liberdade com vários gritos de ordem, cartazes e tarjas.
A porta-voz do PAN acusou este sábado o líder do Chega de ser "absolutamente irresponsável" e "incendiar uma situação já de si bastante acicatada" com as declarações sobre a morte de Odair Moniz, considerando que o Chega "tem ido longe demais".
"Desde o primeiro momento que André Ventura foi absolutamente irresponsável nas suas declarações. Vir dizer que, de facto, se houvesse mais disparos haveria mais ordem no país ou que quem matou este cidadão devia receber uma medalha é não respeitar, sequer, a própria dor do agente, que certamente não quererá lidar para o resto da sua vida com o estigma de ter matado alguém", defendeu Inês Sousa Real, em Espinho, no distrito de Aveiro, à margem de uma visita a um gatil.
Presente na manifestação do movimento Vida Justa, João Ferreira, do PCP, diz que do lado em que desfilou se encontra "a voz da maioria social que quer a paz, contra as exclusões e todas as discriminações. Não creio que a maioria dos portugueses se reveja em apelos ao ódio", afirmou o ex-deputado, que vai ser candidato à Câmara de Lisboa nas autárquicas de 2025.
A manifestação "em defesa da Polícia" está prestes a chegar ao Parlamento. Ao longo do percurso, ouviram-se gritos como "Portugal é nosso" e cânticos de apoio ao presidente do Chega: "Ventura vai em frente, tens aqui a tua gente" "Portugal quer mudar, quer Ventura a governar", foi outro dos slogans.
Uma dezena de polícias está de prontidão na escadaria da Assembleia da República. Nas laterais do Parlamento, protegido também por grades, há ainda vários meios de prevenção, incluindo os que acompanharam todo o percurso da manifestação. O desfile decorreu sem incidentes.
André Ventura diz que assume tudo o que disse sobre a violência que grassa há dias na grande Lisboa e sobre o caso Odair Moniz.
O Chega convocou uma contramanifestação de apoio à Polícia para dizer que "há outro país". "Eu disse que há um jovem polícia que aceita atravessar-se por nós e haver alguém que não respeitou as indicações, que não cumpriu, que tinha antecendentes perigosos. Cumpriu pena por assalto à mão armanda. Inclino-me mais a dar razão a este polícia do que a este homem", reiterou o presidente do partido.
Crítico em relação ao que diz ser um discurso de uma parte do país que só fala em "violência policial", André Ventura diz que há bairros onde as pessoas de fora não podem entrar, de "guetização", onde a Polícia tem sido "sistematicamente atacada". "Precisamos é de mais polícia, de polícias com mais meia, com mais autoridade".
A ex-eurodeputada Ana Gomes afirmou que é preciso pedir justiça e "não fazer o jogo de semear o ódio do Chega", defendeu. "Não podemos cair na armadilha deles", exaltou, defendendo que é preciso celebrar a diversidade da sociedade, nomeadamente as diferentes etnias que vivem nos bairros sociais. "Querem destruir a democraia, e nós não o podemos deixar", apeloou, enquanto seguia com as dezenas de pessoas que seguem esta tarde na manifestação da Vida Justa, que partiu do Marquês em direção à Praça dos Restauradores.
Futuro presente, Odair sempre” está é uma das frases de ordem que ecoa no centro de Lisboa, palco da manifestação que pede justiça para Odair Moniz, morto na madrugada de segunda-feira por um agente da PSP. Desfile está a descer a Avenida da Liberdade em direção à praça dos Restauradores onde terminará a manifestação convocada pelo movimento Vida Justa.
A marcha compacta, já com mais de 200 pessoa e muitas bandeiras de Portugal, do Chega e do ADN, entoou o hino nacional ao passar pelo Cais do Sodré. Nas janelas de um prédio degradado, alguns idosos acenaram em concordância.
O líder parlamentar do Bloco de Esquerda diz que "há uma história da violência policial em Portugal" em que a população negra "tem 21 vezes mais probabilidades de ser morta pela Polícia. "Há histórico de violência contra a população negra", afirmou Fabian Figueiredo. O partido junta-se a dezenas de pessoas que exigem justiça e criticam o que dizem ser a tentativa do Chega de instrumentalizar as forças de segurança. "A extrema-direita quer instrumentalizar a Polícia", afirmou aos jornalistas.
A chuva começou assim que cerca de 200 pessoas arrancaram da Praça do Município a gritar "polícia amigo, o Chega está contigo" e "nem mais um polícia morto". A comitiva do Chega, incluindo André Ventura, está rodeada de um cordão de seguranças do partido.
Boa tarde, começa aqui um minuto a minuto para acompanhar as duas manifestações que decorrerm este sábado em Lisboa.
A manifestação do Vida Justa vai começar no Marquês de Pombal pelas 15 horas, e estava inicialmente prevista para terminar na Assembleia da República, mas o movimento alterou o percurso para não se encontrar com a contramanifestação convocada pelo partido de André Ventura.
A manifestação do Vida Justa, que vai terminar na Praça dos Restauradores", foi anunciada na quinta-feira pelo movimento, para reclamar justiça pela morte de Odair Moniz, o homem de 43 anos baleado por um agente da PSP após uma perseguição policial na Amadora.
"Temos tido um país incendiado nas suas estruturas, pessoas que atacaram a polícia. Espero que ao fim de toda esa história os acusados não sejam os únicos que defendem a Polícia. Espero que os que andam a destruir casas e carros sejam acusados. Espero que não seja o mensageiro a ser preso", afirmou André Ventura à chegada do local onde se encontram os manifestantes do Chega.
Odair Moniz, o homem de 43 anos baleado pela polícia após uma perseguição policial na Amadora, está a ser homenageado na manifestação desta tarde.
Cerca de 200 pessoas começam a juntar-se no local de concentração definido pelo movimento Vida Justa, num ambiente pacífico, com bandeiras e cartazes.
A PSP apelou hoje à tranquilidade no decorrer de duas manifestações com propósitos opostos marcadas para esta tarde em Lisboa, pedindo a ambos os promotores que identifiquem eventuais grupos que se infiltrem para perturbar a ordem pública.
Numa conferência de imprensa, em Lisboa, a PSP assegurou que vai acompanhar estas manifestações e garantir a segurança, fazendo um apelo à tranquilidade de todos os cidadãos.
"Fazemos também um apelo aos promotores de ambas as manifestações para que colaborem com a Polícia na perspetiva de nos ajudar a identificar eventualmente grupos que se infiltrem na sessão das manifestações para provocar violência", disse o Superintendente Luís Elias, comandante Metropolitano da PSP.