A Unidade de Acção Fiscal (UAF) da GNR desmantelou uma fábrica ilegal de produção e embalamento de tabaco de mascar e apreendeu cerca de 26 toneladas de tabaco, nos concelhos de Lisboa e Sintra. Caso chegasse ao circuito de comercialização o prejuízo para o Estado atingiria os seis milhões de euros.
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A investigação, a cargo do Destacamento de Acção Fiscal (DAF) de Lisboa, decorria há seis meses e permitiu apurar que os suspeitos recorriam a empresas de compra e venda de produtos alimentares, "procedendo de forma dissimulada à aquisição de elevadas quantidades de produtos de tabaco provenientes de países terceiros e também países europeus para posteriormente armazenar, embalar e introduzir fraudulentamente no mercado nacional, não pagando os impostos devidos".
Segundo comunicado divulgado este sábado pela GNR, a operação decorreu na quarta e quinta-feira e o valor comercial dos produtos de tabaco apreendidos "ascende a 1,5 milhões de euros, sendo que a sua comercialização ilícita teria causado um prejuízo ao Estado num valor de cerca de 6 milhões de euros em sede de Imposto sobre o Tabaco e Imposto sobre o Valor Acrescentado".
Foram realizadas quatro buscas domiciliárias e em viaturas, que resultaram na apreensão de 26 toneladas de tabaco triturado e tabaco de mascar, diversas máquinas de trituração e embalamento de tabaco, embalagens para armazenamento do tabaco de diferentes marcas, duas viaturas, equipamentos informáticos, documentação relativa aos transportes de tabaco, elevadas quantidades de produtos aromatizantes para misturar com o tabaco e seis mil euros em dinheiro.
Foram constituídos arguidos quatro homens, com idades compreendidas entre os 21 e os 35 anos , indiciados pelos crimes de contrabando qualificado e introdução fraudulenta no consumo qualificada.
A operação envolveu 70 militares da Unidade de Ação Fiscal, com reforço da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras e a colaboração de equipas de segurança e cinotécnicas da PSP.