Detido em operação que apanhou mais dois guardas por levarem droga para vender na cadeia de Paços de Ferreira.
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Cid Grazina, o guarda prisional de 43 anos que foi constituído arguido no âmbito da "Operação Entre-Grade", uma megaoperação de combate ao tráfico de estupefacientes no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira realizada em novembro do ano passado, foi encontrado morto anteontem, na via pública, num caminho junto a uma quinta abandonada, em Parada de Todeia, no concelho de Paredes.
O guarda prisional, que estava sujeito a termo de identidade e residência, depois de ter sido detido em novembro do ano passado por suspeitas de integrar uma rede que introduzia droga, telemóveis e outros bens na cadeia de Paços de Ferreira a troco de dinheiro, foi encontrado em paragem cardiorrespiratória por um indivíduo que alertou os bombeiros, sem se identificar.
Quando os Bombeiros Voluntários de Cete chegaram deram logo início às manobras de reanimação, também com o apoio da equipa da viatura médica de emergência e reanimação do Vale do Sousa, mas o óbito seria declarado no local.
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Cid Grazina que, ao que o JN apurou, tinha antecedentes de consumo e tráfico de estupefacientes, tendo já sido detido em flagrante delito a vender droga diretamente a toxicodependentes, estava caído na via pública, no caminho de acesso à Quinta da Lage, um local abandonado, conotado com o consumo de droga.
O corpo de Cid Grazina foi depois transportado para o Instituto de Medicina Legal do Hospital Padre Américo, em Penafiel, onde será autopsiado para se apurar as causas da morte. A GNR de Paredes esteve no local, mas não encontraram indícios de crime.
Cid Grazina residia atualmente em Paredes. Guarda prisional no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, estava de baixa desde 2017.
Quatro na cadeia
A "Operação Entre-Grade" terminou com a detenção de seis indivíduos. Quatro ficaram em prisão preventiva, dois dos quais guardas prisionais com cargos de chefia.
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Dois libertados
Cid Grazina e outro guarda foram libertados, sujeitos a termo de identidade e residência e proibidos de contactar com os outros arguidos.