Homem esfaqueou a mulher na cama. Ministério Público acusa-o de homicídio qualificado
O Ministério Público (MP) acusa o homem suspeito de matar a esposa, à facada, na residência do casal, na vila das Taipas, Guimarães, em junho deste ano, de crimes de homicídio qualificado e de violência doméstica. Margarida Silva, de 62 anos, morreu, na cama do casal, em consequência dos golpes que sofreu.
Corpo do artigo
Em comunicado emitido quinta-feira, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto dá a conhecer que o MP considerou indiciado que o arguido, ao longo do casamento, registado em 1982, manteve com a vítima um relacionamento conflituoso, "pautado por episódios recorrentes de violência que sobre a mesma exercia, durante os quais a agredia e insultava".
O MP considera que estes surtos de violência seriam potenciados pelo caráter ciumento e possessivo do arguido. O último episódio, segundo o MP, teria ocorrido no início de 2023, quando o arguido “discutiu com a vítima e lhe apertou o pescoço com força, desagradado com a hora” a que ela chegou a casa, depois de ter saído com amigas.
De acordo com a acusação, na noite de 22 para 23 de junho de 2023, na residência do casal, o arguido pegou numa faca, dirigiu-se ao quarto em que a mulher estava a dormir e desferiu-lhe vários golpes no corpo.
Na altura, o alerta para o sucedido foi dado pelo próprio arguido, primeiro para um familiar e depois para os bombeiros, embora estes já não tenham chegado a tempo de salvar a vida de Margarida Silva. Segundo elementos da GNR que estiveram no local, o arguido apresentava sinais de embriaguês.
A moldura penal para crimes de homicídio qualificado vai de 12 a 25 anos. O arguido está a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva.