O interrogatório a José Sócrates ficou concluído, cerca de três horas após o reinício, esta segunda-feira. As medidas de coação aplicadas deverão ser conhecidas ainda esta segunda-feira.
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João Araújo, advogado de José Sócrates, confirmou que o interrogatório ao ex-primeiro-ministro foi concluído esta segunda-feira, por volta das 12.40 horas. A inquirição havia sido interrompida, cerca do meio-dia, tendo circulado a informação de que voltaria de tarde, mas acabou por ser concluída ainda antes da pausa para almoço.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates, detido desde sexta-feira por suspeita de crimes corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, começou a ser ouvido novamente em interrogatório cerca das 10 horas.
José Sócrates saiu da esquadra de Moscavide da PSP, em Lisboa, às 8.40 horas, escoltada pela PSP, e escassos minutos depois entrou no "Campus da Justiça", em Lisboa, por uma porta lateral, longe das câmaras, objetivas e microfones dos jornalistas.
A PSP iludiu os jornalistas, ao montar um cordão de segurança à entrada principal da garagem do "Campus da Justiça", mas a viatura que transportou o ex-primeiro-ministro entrou por uma porta lateral, sem ser visto pela Comunicação Social.
À chegada ao Campus da Justiça, o advogado João Araújo, defensor de José Sócrates, limitou-se a dizer "bom dia" aos muitos jornalistas presentes, enquanto Paula Lourenço, que representa o empresário Carlos Santos Silva, também foi parca em palavras, justificando que o processo que envolve quatro detidos suspeitos de crimes corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal "está em segredo de Justiça".
O ex-primeiro-ministro foi detido na sexta-feira à noite por inspetores da Autoridade Tributária, quando chegava ao aeroporto de Lisboa proveniente de Paris, no âmbito de um processo de suspeitas de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.
* com Augusto Correia e Agência Lusa